domingo, 31 de março de 2013

Jogar feio também pode




Majestoso no Morumbi. Clássico com certeza é um campeonato a parte, e apesar dos adeptos do bom futebol criticarem o nível técnico, os 3 pontos são mais importantes do que jogar bonito. E Rogério Ceni optou pela 2ª opção no lance-chave da partida. Deu no que deu.

Em um São Paulo e Corinthians disputadíssimo e empatado em 1 a 1, o goleiro, após recuo infeliz de Rafael Tolói, quis jogar bonito. Esperou uma eternidade e pensou que Alexandre Pato iria apenas cercá-lo. Pato foi mais rápido e tirou a bola do ar antes que Rogério chutasse.

Pênalti justo. O atacante não solou, muito menos dividiu com Ceni. Pato, de bico, encostou apenas na bola. Rogério, atrasado, chutou o pé do camisa 7 do Corinthians. Pênalti marcado e cartão amarelo. Pouco para o goleiro, que era último homem e não tocou na bola.

Após o lance, o pentacampeão ficou no chão. Machucado ou não, Rogério até implorou de joelhos para que Leandro Bizzio Marinho voltasse atrás. Apesar de ter feito uma fraquíssima arbitragem, Leandro não voltou. Pato bateu e fez o 2 a 1, que definiu a partida.

Rogério Ceni é um goleiraço quando joga de goleiro ou até mesmo batendo faltas. Mas, quando quer fazer lançamentos longos e chutes de efeito com bola rolando, sai da função que exerce. Goleiro deve defender. E se vier uma bola mal recuada, deve chutar pra lateral ou pra cima de qualquer jeito. Afinal, pra que correr riscos?

sexta-feira, 29 de março de 2013

CB Entrevista - Luiz Carlos Largo


                                                 Foto: www.twitter.com/LARGOESPN

Hoje o entrevistado do blog é um especialista em automobilismo e futebol. O narrador LUIZ CARLOS LARGO, pai de 2 filhos e nascido em 1961, começou sua carreira jornalística no interior paranaense. Em 1986, entrou na TV Tarobá, afiliada da Bandeirantes em Cascavel e hoje faz parte dos canais ESPN narrando futebol europeu. Luiz atendeu ao blog gentilmente e você pode conferir a entrevista na íntegra agora.


CB - Você sempre quis ser narrador esportivo?
LCL - Desde garotinho, quando tinha 5 anos, eu narrava jogos de futebol de botão e os jogos dos meus irmãos (João Carlos e João Roberto) na escola deles. Eu dizia naquela época que queria trabalhar como narrador em uma TV quando fosse grande. 

CB - Sua carreira de narrador começou no automobilismo. Qual a diferença entre a narração deste esporte e o futebol?
LCL - É verdade, comecei no automobilismo e creio que só não narrei uma prova de Fórmula 1. Acho que o automobilismo é mais difícil. Exige mais do narrador, já que tudo é mais rápido.

CB - O que um narrador precisa ter em mãos na hora de uma transmissão?
LCL - Em qualquer esporte é preciso ter muita informação e história sobre o evento. Pra se ter uma ideia, para narrar um jogo de futebol, que é o que mais tenho narrado, levo cerca de 2 a 3 horas cada jogo. Hoje, sexta-feira, estou preparando os três jogos que narro neste final de semana. Comecei 11 da manhã e terminei às 17 horas. E não acaba por aí. Chego nos canais ESPN duas horas antes do evento para pegar as últimas informações, escalações, etc.

CB - Você se espelha em algum narrador?
LCL - Pra mim Luciano do Valle foi o melhor narrador de futebol de toda a história da tv brasileira. Tive a honra de vê-lo narrar na cabine e dividi transmissões na Rede Bandeirantes com ele. No automobilismo eu gostava muito do Galvão Bueno quando apenas narrava. Hoje acho que ele opina demais e não deixa o comentarista a vontade, fugindo da função de narrador. Uma pena.

CB - Qual o melhor comentarista com quem você trabalhou?
LCL - Foram muitos, mas um que eu lembro em especial é Nelson Piquet, na Fórmula Petrobras pela Rede Bandeirantes. E no futebol, destacaria Orlando Duarte, no Pré-Olímpico de Futebol, também pela Band.

CB - O Brasil de Felipão tem condições de ganhar a Copa de 2014?
LCL - Acredito que sim. Já foi campeão do mundo, tem muita capacidade. Acho que o Brasil passa por uma carência de jogadores.

CB - Qual seria sua atual seleção brasileira titular?
LCL - Acho que o Pelé tem razão quando diz que o melhor time do momento deve ser a base da seleção. Isto já deu certo para nós, e temos hoje a Itália, que faz grande campanha nas eliminatórias europeias, tendo em sua maioria jogadores da Juventus.

CB - Neymar deve sair do Brasil e fazer sua carreira na Europa?
LCL - Acho que seria importante para ele a nível de experiência.

CB - Finalizando... para você, ser narrador é...?
LCL - Como em qualquer profissão, se sentir realizado. Chegar ao trabalho feliz, deixar o trabalho com a mesma alegria e saber que se realizou em mais um dia. Sempre digo aos meus filhos Luiz Felipe (18 anos) e Carlos Eduardo (12 anos) para que busquem uma profissão que lhes deem uma realização profissional. Com muita dedicação nesta profissão, se sentirão felizes. 

quinta-feira, 28 de março de 2013

A vergonha veste verde

O que dizer depois de um time tão tradicional do futebol brasileiro tomar de 6 do inexpressivo Mirassol em um tempo de jogo?

O que dizer deste gigante clube, que foi novamente rebaixado para a Série B e é motivo de chacota dos rivais pelas sonoras goleadas que toma?

Não há desculpas. Nem os 13 desfalques que o clube verde teve ontem. O Palmeiras não pode ter nomes como Maurício Ramos, Marcos Vinícius, Charles, Vinícius e Maikon Leite em seu plantel. Também não pode deixar Valdívia disputar apenas 91 jogos de 191 possíveis. 

A herança deixada por Belluzzo e Tirone é uma das piores da história do verdão. Cabe a Paulo Nobre, que chegou agora, respirar fundo e fazer um planejamento decente, digno da grandeza do Palmeiras. E não manter Gilson Kleina seria um erro. Ele não tem culpa do time que tem nas mãos. Chegou em um sufoco e está em processo de montagem do elenco. Trocar seria um suicídio, visto que o novo comandante teria imensas dificuldades e pouco tempo para impor sua filosofia.

O considerado pelos torcedores como "time do século XX", por enquanto, passa a ser "vergonha do século XXI". E o tempo passa.

terça-feira, 26 de março de 2013

Não adianta reclamar...





Novamente o Brasil não foi bem. Em uma gelada Londres, a seleção de Scolari só conseguiu um empate com a organizada Rússia e decepcionou os torcedores. Fred, na última e única bola que teve, fez o gol, mas não conseguiu fazer a seleção amarela não amarelar de novo.


Sufocado no começo do jogo pela Rússia, o Brasil foi pouco criativo. Foi Marcelo, o lateral esquerdo, que mais chegou ao ataque com lances de perigo. Finalizou, cruzou e deu a assistência para o solitário gol brasileiro. Thiago Silva evitou o pior em diversos momentos. E de destaques individuais, foi isso.

A mania brasileira de querer levar a bola até o gol adversário novamente entrou em campo. Com poucas finalizações de média distância e pouca movimentação ofensiva, nossa seleção deixou muito a desejar. Justiça seja feita: melhorou razoavelmente do que foi a partida contra a Itália. Mas não é suficiente.

E o que dizer de Felipão? Bom... nada do que não se disse sobre Mano! Scolari montou uma seleção um tanto quanto estranha. O 4-2-3-1 inicial tinha como Neymar a peça central na linha de 3. Kaká começou de ponta esquerda, passou pelo lado direito e terminou sua participação no jogo como armador. Oscar, apagado e em casa, não foi bem. E por que não tirar o craque santista do jogo? Os meias citados saíram durante a 2ª etapa, e Neymar ficou até o fim. Faltou firmeza de Felipão.

Para a maioria dos jogadores brasileiros, a seleção foi bem. E isso é preocupante. Não podemos admitir um empate com a Rússia. Não há o que comemorar. Ainda não vencemos um grande do futebol mundial. E não temos perspectivas de mudanças. Nós podemos reclamar da seleção. Ela que não pode reclamar do frio ou se contentar com empates e atuações fracas. É bom tomar cuidado... afinal, imagina na copa?

sexta-feira, 22 de março de 2013

"I" agora?


Insatisfatória, injustiça, incapaz e inalterável.

Insatisfatória foi a atuação do Brasil nesta quinta, que empatou com a tradicional Itália por 2 a 2. Com gols "achados" no 1° tempo de Fred e Oscar, a nossa seleção tomou o empate na etapa final e saiu no lucro da Suíça, palco da partida.

Injustiça resumiu o que foi o jogo. A azzurra buscou muito mais o gol do melhor em campo brasileiro Júlio César e não mereceu o empate. Com De Rossi e Balotelli balançando as redes, a Itália se mostrou muito mais eficaz e perigosa.

Incapaz foi a seleção brasileira de Felipão, que pouco produziu. A linha defensiva esteve muito distante dos volantes, foi baixo o número de finalizações, houve pouca movimentação ofensiva e a saída de bola foi totalmente danificada. Júlio César fez e bem o seu papel; Daniel Alves e Filipe Luis cometeram muitos erros bobos; Dante não está pronto para assumir a titularidade; David Luiz não passou toda sua segurança; Fernando foi bem só no 1° tempo; Hernanes jogou fora de sua posição; Oscar fez o gol e só; Hulk foi disparado o pior homem do Brasil; Neymar foi e é um jogador comum na seleção; Fred fez o que foi possível.

Inalterável é o Brasil com Scolari. A chegada do pentacampeão representaria a tentativa da volta do futebol de resultados com uma mescla entre experiência e juventude. Os nomes pouco conhecidos de Mano Menezes também sumiriam. Não se vê isso. Apática, a seleção canarinho não mudou seu estilo de jogar e a dupla Kaká-Ronaldinho não é bem aproveitada. Nomes como Diego Costa também aparecem na lista de Felipão, que, até agora, não mostrou a que veio.

quarta-feira, 20 de março de 2013

O goleiro do século XX


812 jogos. 270 deles sem tomar gol. 150 pênaltis defendidos. Único da posição a ganhar a Bola de Ouro da revista France Football. Este é Lev Ivanovich Yashin.

Soviético, o goleiro só utilizava uniformes inteiramente pretos. Graças a isso, o apelido de Aranha Negra pegou. Nascido em 22 de outubro de 1929, Lev disputou 4 Copas do Mundo (58 a 70) e, apesar de não ter ganho nenhuma, foi um vencedor. Foram 5 campeonatos soviéticos e 3 copas nacionais. Sempre pelo mesmo clube, o Dínamo Moscou. Trouxe da Austrália a medalha de Ouro nas Olímpiadas de 1956, disputadas em Melbourne e, além disto, conquistou a Eurocopa de 1960.


Com 1,89m de altura, Yashin era calmo. Sua frieza dentro de campo não vinha, entretanto, de forma natural. Alguns goles de vodka e um cigarro eram suficientes e necessários para o bom desempenho do melhor goleiro do mundo. Nem Pelé, em 1958, tirou Lev de sua tranquilidade. Apesar da vitória brasileira sobre os socialistas na 1ª fase, o aranha negra fez um bom jogo.

Fã do seu companheiro de posição brasileiro, Gilmar dos Santos Neves, Lev Yashin deixou para o mundo uma frase sobre sua visão do futebol que o eternizou. "A alegria de ver Yuri Gagarin no espaço só é superada pela alegria de uma boa defesa de um pênalti."


No dia 20 de março de 1990, na mesma Moscou onde nasceu, se foi. E se foi, em parte, pela sua calma. Os cigarros e as bebidas danificaram sua saúde, agravando o vício para um câncer de estômago. Câncer que foi um dos únicos que venceu Lev Yashin.

Em 1994, a FIFA resolveu criar uma homenagem ao arqueiro. O "Troféu Lev Yashin" durou 16 anos e foi dado aos melhores goleiros das Copas de 1994, 1998, 2002 e 2006.

Hoje, completam 23 anos que estamos sem o melhor goleiro da história do futebol mundial.

sábado, 16 de março de 2013

Escorregou

O São Paulo perdeu para o Arsenal de Sarandí por 2x1 na quinta-feira e agora está com a classificação ameaçada na Libertadores. Com 4 pontos, o tricolor está empatado com o time argentino e vê o The Strongest se aproximar, com 3. O Atlético Mineiro é o líder isolado do grupo, com 12 pontos.

O que acontece com o São Paulo na Libertadores? Quem é o culpado? Ney Franco? Diretoria? Jogadores? Os 3.

Ney Franco chegou em julho de 2012 ao time e, com certeza, é um bom treinador. Mas mudar o esquema tático para 1 jogo no meio da temporada é loucura. O 4-2-3-1 tradicional foi deixado de lado pelo 3-5-2 que dificilmente funciona em clubes brasileiros. Quem é o ponta direita que substitui Lucas? Ney testou Aloísio, Douglas, Jadson e até Ganso na posição. Não definiu. Além disso, não se sabe até agora se Ganso é titular ou reserva. Assim não há entrosamento.

A diretoria tricolor já foi melhor. No fim da década passada, o São Paulo era referência em administração e planejamento. Hoje, perdeu o posto. Juvenal Juvêncio trouxe Aloísio, Ganso e Lúcio. Nos primeiros até dá pra apostar. Agora, Lúcio? A zaga de 2012 campeã da sul-americana formada por Rhodolfo e Toloi foi desmanchada. O pentacampeão é o ponto fraco da defesa tricolor.

E, por fim, jogadores. Falta um pouco de cada um. Não há mais o protagonismo de Lucas. Cortez não vem jogando o seu melhor futebol. Denílson também não. Luis Fabiano, quando joga, rende. Mas é exagerado o número de cartões que o camisa 9 toma. Rogério Ceni inconstante. Lúcio já citado acima. Quem se salva? Jadson, Osvaldo, Wellington e Luís Fabiano quando está em campo.

Demitir Ney Franco não é a solução. Mas com a vaga nas oitavas de final ameaçada, o São Paulo precisa acordar e voltar a jogar bem. Enquanto há tempo.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sobrou bola


Semana passada foi postado no blog o fraco desempenho corinthiano diante da equipe do Tijuana. Sete dias depois, o Corinthians mudou. No pacaembu finalmente lotado, o timão assegurou um justo 3x0 e agora encosta na equipe mexicana, com 7 pontos.

Com um rendimento abaixo do esperado quarta-feira passada, Renato Augusto foi o melhor em campo. Participou de forma direta nos 3 gols de sua equipe e cada vez mais é titular de Tite. Pato, que saiu com um incômodo na coxa após ter feito o primeiro gol do jogo, também esteve bem. Guerrero novamente deixou o dele e Paulinho fechou a conta de cabeça.

Já o Tijuana esteve irreconhecível. Apesar das tentativas de Fidel Martinez, os xolos não conseguiram obter superioridade em nenhum momento do jogo e exageraram no número de faltas, principalmente quando a vitória corinthiana era inevitável. Apesar da derrota, o time rubro-negro permanece na primeira colocação do grupo, com 9 pontos de 12 disputados.

Ontem, o Corinthians foi Corinthians. Jogou como campeão, tocando bem a bola, criando jogadas e finalizando no gol. Com uma defesa sólida, Cássio não precisou trabalhar. Emerson Sheik, desta vez, não entrou. Romarinho, Jorge Henrique e Douglas foram os suplentes utilizados por Tite durante a disputa.

Na próxima rodada, o Corinthians viaja rumo a Colômbia enfrentar o Millonarios, em um jogo que pode definir a classificação paulista para as oitavas de final. O Tijuana enfrenta o San José na altitude de Oruro.

terça-feira, 12 de março de 2013

CB Entrevista - João Guilherme

Segunda entrevista do blog conta com um dos melhores narradores do Brasil.

JOÃO GUILHERME MIRANDA CARVALHO nasceu dia 22 de Julho de 1971 em Niterói, no Rio de Janeiro. Dono de bordões como "Que desagradável!" e "Inacreditável", o locutor passou por diversos meios de comunicação, como a Rádio Atlântica e a Rádio Brasil, antes de chegar ao Sportv. Atualmente na Fox Sports, João reservou um tempo para conceder esta entrevista ao blog.


CB: Boa tarde, João. Muito obrigado por aceitar o convite. Você pode nos contar um pouco da sua história até chegar a Fox Sports?
JG: Boa tarde. Trabalho há 24 anos na profissão. Passei por rádios do Rio e de São Paulo até entrar no Sportv em 1997.

CB: Você sempre quis ser narrador?
JG: Sempre. Desde os 6 anos ficava narrando jogos que via pela televisão e futebol de botão.

CB: O que um narrador precisa ter em mãos na hora de uma transmissão?
JG: Escalação e as chamadas de programação. O restante vai da característica de cada um.

CB: Você se inspira em algum narrador do passado? Qual?
JG: Meu ídolo é o Osmar Santos. Ele é a minha referência. Mas, com o tempo, você cria um estilo próprio de narração.

CB: A seleção brasileira está em 18° lugar no ranking FIFA. O que está acontecendo com o nosso futebol?
JG: Não temos uma geração brilhante, o trabalho de base no Brasil é fraco (infestado por empresários) e os clubes são mal administrados. Tudo isso reflete no todo do nosso futebol, que hoje é inferior.

CB: O Brasil está preparado para vencer a Copa de 2014?
JG: Pode vencer porque a Copa é um torneio de 7 jogos, depende do momento e do grupo. Felipão é muito experiente e ainda contamos com grandes jogadores. Então dá, mas, não somos favoritos.

CB: Qual o melhor jogador que você viu jogar?
JG: O melhor foi o Pelé, mas, que eu vi, ao vivo, Maradona.

CB: Quem você acha que vence a Libertadores deste ano?
JG: Tirando o Palmeiras, os outros brasileiros podem chegar. Estou gostando do Atlético Mineiro e do Grêmio.

CB: Obrigado pela entrevista e sucesso na Fox Sports, a casa da libertadores.
JG: Obrigado pela oportunidade e boa tarde.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Faltou bola

O Corinthians perdeu e de forma merecida fora de casa, nesta quarta, diante do Tijuana, do México.

O Estádio Caliente, palco do jogo, possui um gramado sintético, que apesar de horrível para quem não está acostumado, não foi o fator chave para a derrota alvinegra. Faltou um campo decente, porém muito mais que isso.

O time de Tite teve 2 gols bem anulados de Paulinho, um dos poucos destaques do time. No segundo tempo, deu apenas 2 chutes a gol, do volante e do melhor em campo do timão, Guerrero. Gil e Ralf foram os outros que tiveram uma boa atuação pelo lado alvinegro, que dificilmente arriscou um chute de longa distância. Faltou também um pouco de ousadia e jogadas mais agudas pelo chão, visto que os mandantes ganharam tudo pelo alto.

Já a boa equipe do Tijuana jogou coletivamente e esteve muito ajustada jogando em seus domínios. O zagueiro e autor do único gol da partida Gandolfi foi seguro e firme. Fidel Martinez, de aparência semelhante a Neymar, deitou e rolou pela ponta esquerda. Riascos deu muito trabalho para o lateral Fábio Santos. Além disto, o time mexicano de apenas 6 anos foi superior nas bolas rebatidas e consistente na marcação.

A linha ofensiva do Corinthians foi um fiasco. Renato Augusto errava muito mais do que acertava. Danilo teve dificuldades no domínio de bola e o que fez, fez pelo alto. Já Alexandre Pato pouco apareceu, não conseguiu definir um lugar para se jogar e seus dribles eram interceptados na maioria das vezes. Paolo Guerrero foi o único que tentou e até fez bem o papel de centroavante, apesar da enorme quantidade de faltas cometidas pelo time mexicano.

Agora, os Xolos continuam na liderança e são os únicos 100% na Libertadores. O Corinthians vem atrás com 4 pontos e semana que vem pega o mesmo Tijuana, no Pacaembu.

terça-feira, 5 de março de 2013

CB Entrevista - Wilson Gottardo

Na primeira entrevista do blog, um ídolo do futebol brasileiro.

WILSON ROBERTO GOTTARDO nasceu em Santa Bárbara d'Oeste, no dia 23 de maio de 1963. Com 49 anos, Wilson tem passagens marcantes pelo Botafogo (87-90 / 94-95), Flamengo (91-93) e Cruzeiro (97-98). Também jogou no São Paulo, Guarani e Sport, onde encerrou sua carreira como jogador. Além disso, fez parte da seleção brasileira na Copa América de 1991. Atualmente Gottardo partiu para a profissão de treinador de futebol. O zagueiro atendeu ao blog gentilmente e nos concedeu uma entrevista nesta tarde.

CB: Boa tarde, Wilson. Obrigado por aceitar o convite do blog!
O que te fez ser jogador de futebol?
WG: Desde minha infância sempre pratiquei esportes, várias modalidades... Esse era meu lazer, idealizei meu sonho de ser atleta e realizei com ajuda da família, amigos e muito esforço!

CB: Sua carreira como jogador foi muito vitoriosa. Qual foi o título mais especial que você ganhou?
WG: Fui privilegiado, joguei por duas boas décadas, 80 e 90 encerrei em 2000. Obtive vários títulos marcantes; Botafogo(estadual 89 e BR 95), Flamengo (BR 92) Cruzeiro (Libertadores 97) São Paulo (Campeão dos Campeões da Libertadores 95)

CB: Você fez dupla de zaga por muito tempo com Mauro Galvão e deu certo. Como era dentro de campo essa parceria?
WG: Eu cheguei no Botafogo em 1987 e ele em 1988. Jogamos até 1990. Entrosamento 100%. Sem treinos específicos, jogávamos com linha adiantada com muito uso dos impedimentos e coberturas automáticas conforme as exigências do jogo!

CB: Qual foi o melhor jogador com quem você atuou?
WG: Na zaga, muitos... Julio César, Ricardo Rocha, Mauro, Paulo Madeira, Gilson Jader, Marcelo Djian...

CB: Sua carreira como treinador está começando. Você tem preferência por algum estilo de jogo ou esquema tático?
WG: Estrutura tática é conforme as características dos atletas. Modelo de jogo é participação global buscando o melhor de cada um e várias funções!

CB: Qual é o melhor técnico que você já viu no futebol?
WG: Tive alguns aprendizados bem interessantes e trabalhei com eles: Ênio Andrade, Valdir Espinosa, Paulo Autuori, Ricardo Gomes.

CB: Qual a sua maior meta atualmente?
WG: Firmar-me como grande técnico, fazer história com novos conceitos e metodologia de trabalho. Quebrar paradigmas!

CB: E finalmente...o que você acha que a seleção brasileira precisa para vencer a Copa de 2014?
WG: Compromisso e paixão de todos!

CB: Obrigado pela atenção. É muito legal entrevistar pessoas que fizeram história como você.
WG: Espero ter lhe ajudado, obrigado pela oportunidade!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Patrimônio do futebol

O blog visitou, no último sábado, as dependências do Estádio Conde Rodolfo Crespi, o famoso estádio da Rua Javari, do Clube Atlético Juventus. Neste ano, a equipe do bairro da Mooca completa 89 anos de vida.

 

Aconchegante e com boa visão do campo, o estádio está bem conservado e mantém as raízes do passado

Naquela tarde, o Juventus tomou uma sonora goleada do Grêmio Catanduvense por 4 a 1, em jogo válido pela Série A-2 do Campeonato Paulista. Marcos Denner foi o destaque da partida, marcando 3 gols. Os mais de 1200 pagantes viram um Juventus fraco e apático.

Com o resultado, o time da Mooca está na zona de rebaixamento. São apenas 9 pontos em 12 jogos do moleque travesso, que ocupa a 18ª colocação.


Depois do jogo, acesso liberado. O gramado é alto e um pouco desgastado. As cadeiras estão em ótimas condições e há muita organização na parte interna do estádio.


O Juventus está de parabéns. Com os atuais problemas financeiros e administrativos que a maioria dos times menores do Brasil possuem, o clube grená e branco consegue se manter firme. E isso graças a ajuda dos patrocinadores, da torcida, dos simpatizantes e da tradição. Tradição não se compra. Se torna.
 
Sem dúvidas a Rua Javari é uma parte viva da história do futebol. Ora, foi lá que Pelé, segundo ele mesmo, fez o gol mais bonito de sua carreira. E foi lá que muitas pessoas começaram a gostar de futebol. Quem gosta deste esporte precisa conhecer o estádio, que está na memória de muitos brasileiros. É fundamental.